A guerra no digital

21/04/2022

Há uma guerra a ser travada todos os dias mesmo “à porta da nossa casa”. E não, não nos estamos a referir ao conflito na Ucrânia após a invasão deste país pelas tropas russas – ação que temos como inaceitável, e que, apesar de não sermos ninguém, nem de a ninguém a nossa opinião interessar (principalmente não sendo esta uma questão do foro do marketing digital), condenamos e repudiamos desde o 1.º momento. Porque em situações como estas não podem haver dúvidas, preâmbulos, “justificações” ou “aligeirares de culpa”. Um país soberano não tem o direito de invadir um outro país, também ele soberano, nem de no destino deste querer interferir, seja qual for a razão, ponto final.

 

Mas não, a guerra a que nos referimos não é esta, mas a que se trava online, diariamente, no plano digital, por todos nós (se bem que a outra também ali se está a travar).

 

Desde que a internet apareceu nas nossas vidas e se deu a explosão do marketing digital que andamos todos à bulha uns com os outros, muitas vezes sem nos apercebermos. Todos queremos estar online, ser vistos, vender aquilo que produzimos com o máximo lucro possível, ou comprar aquilo que precisamos com as melhores condições e ao menor preço. E tudo isto é justo!

 

Se tivermos uma empresa, um negócio, o canal digital é extraordinariamente apetecível e, na grande maioria dos casos, permite-nos chegar facilmente ao nosso público-alvo, esteja ele onde estiver. Podemos ter um website, onde mostramos, demonstramos, explicamos aquilo que produzimos ou os serviços que oferecemos. Podemos ter uma loja online dentro desse website onde o nosso cliente pode comprar facilmente aquilo que vendemos. Podemos ter páginas e perfis comerciais em várias redes sociais, onde partilhamos o que fazemos, “quem somos” (a nossa identidade corporativa) e geramos tráfego para o nosso website (que até tem e-commerce para facilitar) ou para a nossa loja, showroom ou escritório físico. E podemos fazer publicidade online (Google Ads, Meta Ads, etc. – sim que há outros!) para aumentar o n.º de leads que recebemos e assim potenciar as nossas vendas.

 

E enquanto utilizadores, no plano digital, temos o mundo aos nossos pés ou, melhor dizendo, nas mãos! Podemos manter-nos ligados aos amigos e família, partilhar o que fazemos ou vemos e ver o que eles fazem ou veem, conversar, partilhar, estar presente mesmo que estejamos muito longe uns dos outros. Podemos ler, aprender e manter-nos informada (ou não, dependendo da fonte…!). Podemos envolver-nos num sem-número de projetos enquanto meros espectadores ou até como colaboradores. Podemos trabalhar à distância (se houve algo que a pandemia trouxe foi a democratização do trabalho remoto, que antes era aquela coisa estranha que praticamente só os nerds e geeks deste mundo faziam – culpadas!). Podemos viajar sem sair de casa e visitar centenas de espaços, lojas, escritórios, na zona onde vivemos ou por esse planeta fora. Podemos comprar tudo o que queremos, ou precisamos, mesmo se for uma daquelas coisas que só se fabrica do outro lado do mundo e por um n.º muito limitado de pessoas.

 

“Muito bem, possibilidades infinitas, parece-me fantástico”, dir-nos-á. Mas claramente o cenário anterior é mais para o idílico, do que para o bélico. Onde está então a tal guerra de que falamos no início? Bem, está nos websites, nos cliques, nos anúncios, no conteúdo, nas publicações, na simples “existência” online.

 

Vamos começar pelo princípio. Tem um website, certo? Sabia que no momento em que estamos a escrever este artigo existem cerca de 1.170.000.000 de websites (escrevemos por extenso para melhor ilustrar a dimensão deste número, mas se a quantidade de zeros lhe estiver a fazer confusão, dizemos-lhe que são 1,17 mil milhões) na World Wide Web, sendo que 200.674.843 destes estão ativos? É óbvio que nem todos serão de concorrentes seus, mas a questão mantém-se: como aparecer nas primeiras páginas dos motores de busca em detrimento dos outros todos? E já o ouvimos a responder: “trabalho o SEO do meu site, crio bom conteúdo digital e faço publicidade online para gerar tráfego para lá”. Muito bem, é bom saber que tem estado a prestar atenção!

 

No que toca o SEO lembre-se porém que é algo que faz hoje para ter resultados daqui a X tempo. E dizemos X porque na verdade ninguém pode afirmar quanto vale X. Podem ser alguns meses, uns anos… mas, dar um período exato de tempo para este X, é pura especulação. Lembre-se também que o SEO é algo que faz hoje, e amanhã, e depois, e assim por diante. Nunca está terminado, nunca está pronto. Por outro lado, é também importante manter em mente que é algo que não vai depender inteiramente de si: depende dos seus concorrentes, do Google, dos termos de pesquisa dos utilizadores (e da sua perpétua evolução) e da sua intenção. Uma luta, é o que é.

 

E no que o conteúdo concerne, não se esqueça que é mais uma daquelas tarefas que se vai “estender para todo o sempre”: tal como o SEO também nunca estará terminada! Para o seu website tem que criar conteúdo fresco, relevante. E “fresco e relevante”, está-se mesmo a ver, não dura muito tempo. Há que o rever com frequência, ir atualizando, limpando, acrescentando, refrescando. E quando passamos para as redes sociais, pior um pouco: a regularidade é importante, mas a relevância não lhe fica atrás, muito pelo contrário, os utilizadores podem ser muito, mesmo muito exigentes. E se, com o seu conteúdo, não os mantiver felizes, satisfeitos, lá se vão os seguidores, os Likes, a exposição, a interação e, em última análise, os cliques e o tráfego para o website. Mais uma batalha, portanto.

 

Sobra-lhe então a publicidade online: Google Ads e Meta Ads (os mais comuns). E aqui a guerra toma toda uma outra dimensão. Certamente sabe que, quer num caso, quer noutro, para fazer este tipo de anúncios vai ter que entrar em leilões. No caso dos Meta Ads, um orçamento “relativamente pequeno” permite-lhe fazer uma “festa jeitosa” no Facebook e/ou Instagram. Já nos Google Ads a coisa não é bem assim. O seu orçamento ser ou não “saudável e suficiente” vai depender muito mais dos seus rivais, do que de si. Imagine que tem 5€ disponíveis para pagar um clique num determinado termo de pesquisa. Parece muito, certo? Mas e se um dos seus concorrentes tiver 7€ e outro €9? Como se diz na nossa terra, “já foste”, a não ser que possa aumentar o investimento! Por outro lado, para além do dinheiro a investir, e partindo do pressuposto que tem o suficiente para conseguir aparecer onde quer, a seguir tem o crivo da qualidade dos anúncios que produz, da relevância para o tal termo de pesquisa ou para o público-alvo, e se passar todas estas etapas, ainda tem o seu website ou landing page pelo caminho, que tem que ser o seu melhor vendedor (mesmo! Não estamos a brincar.), capaz de convencer o utilizador que lá chegou a comprar, encomendar, pedir um orçamento, etc., etc.. E assim voltámos ao início!

 

Repare que nesta guerra digital que aqui analisámos, nem sequer entrámos na questão de qual a zona do globo que quer “atacar” (sim que essa coisa do “é para ir para o mundo inteiro, faz favor, com esta meia dúzia de tostões” não é nem realista, nem eficiente). Mas esta é uma questão que “dá pano para mangas” e, por si só, todo um outro artigo.

 

A solução? Convença-se que esta é uma guerra que vale a pena e na qual vai ter que entrar. Mas não entre em modo “benzo-me todo, faço figas e seja o que Deus quiser”.

 

Arme-se (que ninguém vai para a guerra desarmado)! Leia, aprenda ou contrate profissionais que formem um exército para lutar por si: garantidamente vai “diminuir as baixas” e economizar em “material bélico” (leia-se poupar tempo e dinheiro!).

Quanto à outra guerra? Gostávamos muito que acabasse depressa, mas não temos grande esperança…

Três raparigas que adoram trabalhar juntas na área do marketing digital e que também escrevem umas coisas! Se o que leu faz sentido para si, e se a sua empresa precisa de estratégias reais de marketing digital para alcançar e manter uma posição de sucesso online, fale connosco!