De boas intenções… está a internet cheia?!

27/10/2020

Conhece aquele velho ditado que diz que “de boas intenções está o inferno cheio”? Com certeza já o usou algumas vezes, mas sabe o que significa? Grosso modo quer dizer que não basta ter boas ideias, sonhos ou planos para que algo aconteça. É preciso fazer (com todo o esforço, trabalho e risco que isso possa implicar) para se conseguir algo, para ter “sucesso”.

 

“Sim senhora, compreendido! Mas e o que é que isso das intenções tem a ver com a internet, os websites e o seu conteúdo?” (emoji a revirar os olhinhos, com ar de desprezo).

 

Assim à primeira vista eu diria que nada, particularmente se se olhar do ponto de vista do marketing digital, certo? Senão vejamos: tem-se um negócio, faz-se um site para o dito (mais a página de Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn, Tik Tok e todas as redes sociais com as quais já não conseguimos viver, mas sem as quais não podemos passar!) e desata-se a fazer publicidade em todas as plataformas disponíveis online que “nalguma se há de vender alguma coisa”; ou não se faz nada porque “isso é tudo muito caro e a coisa há de se dar na mesma”. E no tal website, como é óbvio, colocam umas imagens bonitas, numa estrutura bem pensada, com textos catitas (“que a Maria que faz os orçamentos até tem jeito para escrever”) e a coisa fica feita. “Pronto! Agora é só esperar que os clientes nos encontrem no Google.”. E põe-se um check (ou certo, se for mais tradicionalista) naquela caixinha!

 

Ora, acontece que os clientes têm que o encontrar no meio dos outros mais de 1,5 mil milhões de websites que “populam” a internet hoje em dia e, para isso acontecer, o Google tem que o “mostrar” numa das suas páginas de resultados de pesquisas. E, aqui só para nós, quando foi a última vez que passou além da segunda (vá, terceira, para não dizerem que sou muito exigente) destas páginas em busca de seja o que for? Pois…! E é aqui que voltamos à tal estória das intenções com que começámos.

 

Sabia que o Google e a sua inteligência artificial estão a tornar-se tão bons (ou tão maus, dependendo do prisma por onde se olha!) que já tentam (e conseguem!) avaliar e diferenciar as pesquisas feitas pelos utilizadores de acordo com a sua intenção?

 

É que a forma como pesquisamos algo, os termos de pesquisa que utilizamos e as famigeradas palavras-chave de que nos valemos são indicatórias do que queremos e de quando o queremos.

 

A verdade é que, o simples facto de irmos ao Google e de lá escrevermos uma qualquer questão, não quer dizer que tenhamos obrigatoriamente vontade de adquirir ou comprar algo (ou pelo menos não imediatamente). O Google sabe que a intenção do utilizador pode ser meramente informativa (ele ou ela andam só em busca de informações sobre aquele assunto); de navegação (querem encontrar um determinado website); ou transacional (procuram um site para realizar algum tipo de interação – como obter informações de contacto, comprar um produto ou serviço, assinar uma newsletter – ou qualquer outra coisa que possa ser cumprida dentro do mesmo). E qualquer proprietário de um negócio lhe dirá o quão importante é conseguir distinguir as pessoas (ou utilizadores) que estão apenas à procura de informações, daqueles que estão prontos para fazer uma compra (ou “mais abaixo no funil de vendas”, como dizem os moços do marketing). E sabe quem mais sabe isto? Isso mesmo, o nosso digníssimo Google (oh ser quase omnisciente!).

 

Então, voltando atrás – àquela parte em que, depois do seu website construído (estrutura, páginas, imagens e textos, tudo fantástico e maravilhoso, feito com tanto amor, carinho e suor), esfregou as mãozinhas de contente e, com ar orgulhoso e sentimento de dever cumprido, ficou a aguardar que os clientes o encontrassem na internet. É fácil perceber que a tal espera é capaz de ser um nadinha mais longa do que aquilo que inicialmente pensava ou pretendia.

A não ser que faça Google Ads. Se fizer Google Ads, está safo! Desde que contrate alguém que saiba verdadeiramente o que está a fazer. E que não tenha um nicho de mercado super específico. E que a sua concorrência não seja muito endinheirada. E que… “Ok, ok, já percebemos a ideia, D. Espertinha: não há um remédio digital milagroso do tipo “uma gota e já está”! Mas afinal, há ou não solução para a coisa?” (emoji de monóculo no olho e com ar inquiridor).

 

Bem, não há como escapar: SEO (esse santo Graal digital do século XXI!).

 

E a relevância da página do site para a real necessidade do utilizador tem de ser o pilar onde vai assentar essa sua estratégia de SEO. Acredite quando lhe dizemos que, por mais complicado que pareça, na prática acaba por ser relativamente simples. Analisando a intenção das páginas listadas como os 10 primeiros resultados, para cada palavra-chave na pesquisa do Google, neste momento, pode perceber-se que palavra-chave já está associada a cada intenção. Posteriormente pode ajustar-se o conteúdo da página e a escolha da palavra-chave para essa página, dependendo da intenção do utilizador, página a página, em cada website.

 

É simples: quer tráfego orgânico no seu website, daquele pelo qual não tem que pagar um tostão a ninguém? E cliques e vendas, ou leads geradas a partir dele? Então tem que trabalhar o seu SEO e forçosamente o seu conteúdo.

 

Mas atenção que “trabalhar o SEO do seu site” não quer dizer preencher as etiquetas meta (ou meta tags) de cada página com as “palavras-chave” que acha que são as mais importantes ou mais adequadas ao seu negócio porque “tem um feeling especial e já faz o que faz há muitos anos” (sendo que, é claro, se não tiver outra hipótese e não puder contratar um profissional que o ajude, isto será melhor que nada).

 

É essencial fazer uma pesquisa de palavras-chave como deve ser e para cada idioma a utilizar (sim, uma por cada língua do site, nada de traduções!). Crie uma base de dados com estas palavras-chave e analise o seu potencial, não só em termos de volume de pesquisa, mas também do ponto de vista da concorrência e da tal intenção do utilizador (ou da pesquisa). Escolha as palavras-chave mais promissoras e mapeie as páginas do seu website, atribuindo a cada uma delas uma das palavras escolhidas anteriormente (e nada de repetições, que já basta a concorrência dos outros sites; não precisa que dentro do seu as páginas também concorram entre si). E finalmente (e agora sim!) crie as tais etiquetas meta e o conteúdo de cada página usando a palavra-chave escolhida para ela.

 

Ah, e não se esqueça que, quando hoje em dia se fala em “palavra-chave”, na verdade estamos a falar de “frase-chave”, pois há já algum tempo que ela deixou de ser só uma palavra (emoji com ar “chalado”, boca aberta, língua de fora e olhos revirados, ligeiramente estrábico)!

 

E, posto isto, o que é que me diz: será que de boas intenções… está a (sua) internet cheia? (emoji com ar pensativo e a coçar a cabeça!)

Três raparigas que adoram trabalhar juntas na área do marketing digital e que também escrevem umas coisas! Se o que leu faz sentido para si, e se a sua empresa precisa de estratégias reais de marketing digital para alcançar e manter uma posição de sucesso online, fale connosco!