SEO 101: links internos – o que fazer e o que não fazer.

19/11/2020

Se já tentou aprender alguma coisa sobre SEO, provavelmente percebeu que às vezes parece que tudo gira em torno dos links. Você precisa de mais links, de melhores links, de links diversificados, de links internos… Links, links, links. A maioria dos artigos sobre este assunto fala sobre backlinks (links de outros sites que apontam para o seu website), e esta é uma parte do SEO que a maioria dos donos dos ditos teme e tende a adiar “para mais tarde”. Principalmente porque vai precisar de chegar a outros proprietários de sites, criar parcerias e tornar a sua empresa “digna de ser noticiada”. É muito trabalhoso e o resultado está, na maioria dos casos, fora do seu controlo direto.

 

Mas e se lhe disséssemos que dentro do “universo dos links para SEO” existe uma parte que está 100% sob o seu controlo? Estamos a falar de links internos, ou links de uma página do seu website para outra. Sim, eles também são importantes para o SEO do seu site e a melhor parte é que é você quem os controla.

 

Então, por que é que os links internos são importantes?

O Google descobre conteúdo online seguindo links; portanto, adicionar links internos a uma página garantirá que os bots do Google vão encontrar essa página com mais facilidade e rapidez. E o mesmo é verdade para os utilizadores reais, pois eles geralmente navegam pelo seu site para responder a alguma necessidade, ou para satisfazer algum interesse. Uma boa estrutura de links internos vai garantir que eles encontram o que procuram mais fácil e rapidamente.

Outro ponto importante é que, através dos links internos, o Google percebe que partes do seu conteúdo estão relacionadas entre si e que páginas são mais importantes do que as outras no seu website. A lógica do Google é simples: se uma página tem mais links internos a apontar para ela, isso significa que essa página é mais importante no site, portanto, terá uma classificação (ranking) melhor do que uma página que tenha menos links internos a apontar para ela.

 

O que deve fazer:

1. Esta é bastante óbvia: certifique-se de que as suas páginas mais importantes têm mais links internos do que as suas páginas menos importantes. Uma boa estratégia pode ser a seguinte: imagine que você tem um blog no qual publica constantemente conteúdo em várias categorias, ou tem uma loja online com diferentes categorias de produtos. Uma página dedicada a uma categoria como um todo é mais importante do que as páginas individuais e, portanto, seria benéfico para essa página geral ter um ranking (classificação) melhor do que as publicações/artigos ou produtos individuais. Para conseguir isto, linke todos os artigos do blog/páginas de produtos individuais à página de categoria, mostrando ao Google que a página mais geral é a mais importante e que está relacionada com todas as outras páginas “menores”.

 

2. Mostre ao Google que certas páginas têm o mesmo tópico através de links internos. Você pode não ter uma página de categoria, mas pode ter várias páginas com um tópico ou tema relacionado. Ao linká-las internamente está, aos olhos do Google, a interligá-las. Tal como no ponto anterior, você pode escolher a página que é mais importante dentro de um tópico e apontar mais links para ela.

 

3. Se acabou de publicar um novo conteúdo e quer que o Google o descubra o mais rapidamente possível, considere adicionar um link direto para ele na sua página inicial. Desta maneira, os bots do Google vão descobrir a sua nova página logo após entrarem no seu site e pode também dar um “impulso” inicial àquela página nova, já que os links da sua página inicial são os mais valiosos. O pensamento do Google é bastante simples e direto: “se é tão importante para os utilizadores descobrirem esta página que o proprietário do site adicionou um link para ela a partir da página inicial, então é definitivamente um conteúdo importante ao qual tenho que prestar atenção”. Se a sua nova página é realmente importante e você gostaria de torná-la mais acessível tanto para os utilizadores como para o Google sempre, e não apenas enquanto é “o seu último artigo”, considere adicionar um link para ela no menu de navegação principal.

 

4. Adicione um link das suas páginas de tráfego para as suas páginas de conversão. Esta é uma situação clássica: você acrescenta um blog ao seu website e começa a produzir conteúdo de alta qualidade. O Google gosta do seu conteúdo, bem como os utilizadores, e então o tráfego começa a fluir para as páginas do blog do seu site. Você fica feliz no início, mas rapidamente fica desapontado – os tais utilizadores vão lá apenas para obter informações e não compram o que você realmente vende “fora da parte do blog do seu website“! Bem, pode muito bem ser que esses utilizadores tenham, de facto, acedido ao seu site apenas para obter informações, mas deve ainda assim tentar vender-lhes os seus produtos ou serviços. Você pode “encaminhá-los gentilmente” ao longo do conteúdo da página, insinuando subtilmente que pode ter o que eles estão à procura, e terminar sugerindo que consultem a sua página de produtos/serviços com um link bem colocado para finalizar. Desta forma, uma parte do tráfego que entra através das suas páginas de informações não sairá do seu site assim que acabar de ler o seu artigo, mas irá diretamente para a sua página de vendas otimizada para conversão e, quem sabe, talvez comprem algo, já que eles confiam mais em si agora, depois de lhes ter mostrado os seus conhecimentos na página informativa.

 

O que não deve fazer:

1. Não exagere no número de links, mantenha-o razoável. Neste caso, a lógica “quanto mais, melhor” não se aplica, per se. Em primeiro lugar, quanto mais links a página tiver, menos “valor” ela passa a cada uma das outras páginas. Em segundo lugar, ter muitos links mal organizados pode criar uma má experiência de navegação para os utilizadores e pode tornar-se num sinal de spam para os motores de pesquisa.

2. Não otimize os textos âncora (textos onde você coloca um link) excessivamente. Embora seja uma boa prática tornar os textos âncora informativos e usar neles algumas palavras-chave (afinal, os utilizadores devem perceber que conteúdo irão ver se clicarem no link), os textos âncora superotimizados com palavras-chave são um dos sinais de spam que o Google procura. Mantenha os seus textos âncora naturais.

 

3. Não deixe páginas órfãs. As páginas órfãs são páginas do website que não têm links a apontar para elas, e portanto os utilizadores não conseguem encontrá-las enquanto navegam no site. A razão é muito óbvia – se você quer que uma página seja encontrada, certifique-se de que há links a apontar para ela. As páginas órfãs costumam aparecer por engano, quando o proprietário do site cria uma nova página, publica-a, mas se esquece de a adicionar à navegação do website. Há, no entanto, uma exceção a esta regra: landing pages (páginas de destino) que são usadas especificamente para campanhas publicitárias pagas. Geralmente, estas páginas têm uma oferta ou promoção especial e não devem ser encontradas no site. Na verdade, a maioria dos proprietários de websites até bloqueiam a sua indexação, e com razão. Portanto, se a sua página órfã é uma landing page para anúncios, deixe-a como está.

 

4. Não construa websites com estruturas complicadas. Este “ponto a não fazer” é mais para benefício dos utilizadores do que do Google, mas como este último está interessado em deixar os primeiros felizes, podemos presumir que também ele ficará feliz se você evitar a criação de estruturas complexas no seu website. Uma boa regra prática é: todas as páginas do seu site devem ser acedidas com não mais do que três cliques a partir da sua página inicial. Os utilizadores estão habituados a obter o que procuram com rapidez e facilidade e não clicarão pacientemente em cinco ou seis páginas desnecessárias para conseguir as informações de que precisam. Eles simplesmente fecharão o seu site, voltarão à pesquisa do Google e procurarão uma alternativa mais fácil.

 

E são estas as nossas dicas e estratégias em relação aos links internos. Agora, será que é suficiente trabalhar os links internos para o seu SEO e esquecer os backlinks? É claro que não!

 

Estas são duas áreas diferentes dentro do seu plano de SEO, e você deve (tem que) trabalhar ambas. Mas a linkagem interna é algo que vai precisar de planear e definir em termos estratégicos apenas uma vez. Depois, basta seguir esse plano e notará definitivamente a diferença.

Três raparigas que adoram trabalhar juntas na área do marketing digital e que também escrevem umas coisas! Se o que leu faz sentido para si, e se a sua empresa precisa de estratégias reais de marketing digital para alcançar e manter uma posição de sucesso online, fale connosco!