Isto pode ser realmente muito aborrecido: você investiu uma quantia considerável de dinheiro e horas de trabalho no website da sua empresa, para depois ser aconselhado a criar uma landing page (página de destino) separada para a sua campanha de publicidade online por um profissional de marketing digital que contratou agora.
Parece que estes peritos matreiros estão a tentar aumentar o orçamento e adicionar alguns itens extras, e absolutamente desnecessários, à sua conta.
E não consegue deixar de pensar: “uma landing page…? O meu site é maravilhoso e incrível, porque é que eles não podem usá-lo para as campanhas? Não, isto é definitivamente uma “armadilha”. Tem de ser! De maneira nenhuma vou aceitar a opção da landing page.”.
Já passou por isto? Bem, hoje gostaríamos de partilhar a nossa opinião sobre o assunto consigo e, embora sejamos profissionais de marketing digital e, portanto, (ligeiramente) tendenciosas, vamos tentar dar-lhe algumas razões pelos quais a criação de uma landing page separada pode ser uma decisão muito boa para a sua empresa, mesmo que você tenha um website belíssimo.
1. Quando um utilizador vê um anúncio (seja na pesquisa do Google, ou nas redes sociais), a oferta nesse anúncio lhe interessa e ele clica nele, ele espera ver imediata e EXATAMENTE essa oferta na página a que vai aceder. Melhor ainda se o texto for exatamente o mesmo! Se ele aceder ao seu site e, no topo da página, não conseguir ver precisamente a oferta que ele queria (que foi o que o fez clicar no anúncio), ele fica confuso, dececionado e (salvo muito raras exceções) ele fecha a janela e sai do site sem comprar.
O problema é que você não pode fazer corresponder a cada oferta específica, de cada anúncio que está a ser exibido, ao seu website. Primeiro que tudo, você tem vários produtos; portanto, como pode imaginar, usar a sua página inicial (homepage) não é uma opção, pois não vai conseguir fazer com que o seu banner de entrada destaque sempre apenas um produto de todo o seu leque disponível. E, mesmo se optar por usar páginas de produtos específicas, não é humanamente possível fazer corresponder essas páginas à oferta ou ao texto de todos os anúncios. Vai precisar de escolher uma oferta ou, ser mais neutro e explicar “no geral” porque é que o produto é bom. De qualquer forma, não vai corresponder a todos os anúncios. Ou vai precisar de editar constantemente as suas páginas, o que pode não ser a melhor prática.
Se tiver uma landing page criada especificamente para uma campanha publicitária, poderá corresponder tudo a 100% entre o anúncio e a página. Você sabe exatamente porque é que o utilizador clicou (ele gostou da oferta no anúncio) e dá-lhe exatamente isso. A taxa de conversão aumentará significativamente se mantiver as coisas o mais específicas possível.
2. Da mesma maneira que no ponto anterior, você pode querer correr uma promoção temporária, ou uma oferta especial de 3 dias e não ter possibilidade, ou vontade, de editar o seu website sempre que isto acontecer. Mas se um anúncio prometer ao utilizador um desconto de 50% nos próximos três dias e ele não encontrar nenhuma informação a confirmar justamente isso na página em que ele clicou, não fará compra, pois vai pensar que ou o seu anúncio era um clickbait, ou que o desconto já não está disponível. Acredite quando lhe dizemos que ele não “vai enviar um e-mail para um endereço eletrónico que encontrar na página de contacto, para perguntar e confirmar que a oferta ainda é válida”! Mais uma vez, uma landing page é a solução perfeita para esta situação.
3. Outro motivo para criar uma (ou mais) landing page(s) é ter vários públicos-alvo para os seus produtos ou serviços. Pode querer fazer correr uma promoção apenas para um deles, com uma oferta especial dedicada só a um segmento, no site principal. Pode então criar uma landing page separada, não acessível no website principal, executar uma campanha direcionada a esse público específico e trazer esse tráfego diretamente para a referida página. Os seus outros públicos-alvo não precisam saber disto.
Além disso, a landing page vai ajudá-lo ao nível da relevância dos seus anúncios e ofertas. Pode criar conteúdo completamente diferente para cada perfil dos seus potenciais clientes. Por exemplo, se tiver um ginásio, pode criar uma campanha e uma landing page para as recém-mamãs que querem recuperar a sua forma física e outra para os homens que gostam de musculação. Imaginamos que queira abordar estes dois segmentos com conversas completamente diferentes na página. Basta criar uma landing page para cada um deles e vai ver o crescimento nas conversões.
4. O seu website está muito bem desenhado, mas vende? Demasiada daquela “conversa de vendas”, “ofertas especiais” e “descontos” daria cabo do seu design elegante? Com certeza que sim. Mas, você pode colocar tudo isso numa landing page, deixando o design do site tão clean quanto precisa que seja.
5. O CPC (cost-per-click) nas suas campanhas de Google Ads é algo elevado? Sabia que a relevância e a experiência de página de destino são ambos fatores que determinam quanto acaba por pagar por um clique nestes anúncios? Quanto mais especificamente a conteúdo da sua página corresponder ao conteúdo do seu anúncio e às palavras-chave escolhidas, mais fácil será ganhar os leilões de anúncios do Google pagando menos. Consegue fazer corresponder os textos das páginas do seu website a todos os anúncios (e palavras-chave) que está a publicar? Pensamos que já sabe a resposta a esta questão!
6. E, por fim, a publicidade não é toda a sua estratégia online, certo? Também está a tentar ter bons rankings orgânicos no Google. Mas, sabe que mais? Muitas das coisas que precisa de implementar no seu website para efeitos de SEO não estão realmente a ajudar nas vendas. Por exemplo, enquanto os links internos (links entre as páginas internas do site) e o tempo que os utilizadores ficam, em média, no website são importantes para o seu SEO, você precisa que os utilizadores comprem os seus produtos e não que apenas “passeiem” pelo seu site, certo? Mas um utilizador pode começar a navegar no site, clicar nos links, ler o conteúdo e esquecer o motivo pelo qual ele acedeu inicialmente ao website – para comprar algo. Com uma landing page, você pode esquecer o SEO: use a página especificamente para os anúncios online e mantenha-a separada do site principal. Isto não prejudicará o SEO do dito website principal, mas vai dar-lhe a liberdade necessária para vender, ao criar a página de maneira a que o utilizador permaneça focado na sua oferta e, através de vários call-to-actions (CTAs) difíceis de ignorar, efetue uma compra.
Existem muitos outros motivos pelos quais pode querer usar uma landing page mas, melhor ainda, é criar várias destas páginas, cada uma específica para cada oferta ou público-alvo. A Hubspot efetivamente realizou um estudo que confirmou isto. Enquanto a maioria das empresas não vê um aumento nos leads ao aumentar o seu número total de landing pages de 1-5 para 6-10, as empresas veem um aumento de 55% nos leads ao aumentar o seu número de landing pages de 10 para 15.
Antes de entrar em pânico e nos dizer que não há maneira de alguma vez poder pagar 15 landing pages, lembre-se: uma landing page não é um website. É uma página, o que a faz muito mais barata do que aquilo que pagou pelo site! E, uma vez que, depois de alguns testes, tenha acertado com o design, pode continuar a duplicá-la, mudando apenas o conteúdo para corresponder à oferta de venda que precisa de promover. Nesse altura, poderá ter 50 landing pages, se assim o desejar.
Portanto, da próxima vez que lhe for sugerido criar uma landing page, não o tome como uma ofensa ao seu website. Isto não significa que o seu site é mau, significa que há uma possibilidade extra de aumentar as suas vendas.
