Decidir entre Google Ads e Meta Ads (anúncios no Facebook e Instagram, para quem está a tentar manter-se a par da última mudança de marca) é como escolher entre chá e café. Ambos dão conta do recado, mas têm sabores, custos e efeitos diferentes. Qual é que deve escolher? Bem, a resposta é “depende”, certo?
O mesmo princípio se aplica aqui: quer seja uma empresa a tentar divulgar o seu produto ou à procura de aumentar os seus leads, compreender as diferenças entre estes dois gigantes da publicidade (Google Ads e Meta Ads) é fundamental.
Então, em qual deles deve investir o seu dinheiro arduamente ganho? Vamos explicar de uma maneira (esperamos!) fácil de compreender e comparar, porque ninguém precisa de mais uma dor de cabeça ao navegar pelas escolhas do marketing digital.
1. Localização dos Anúncios – onde é que o seu anúncio aparece?
A diferença mais óbvia entre Google Ads e Meta Ads é o local onde são apresentados. Isto pode ter um enorme impacto no desempenho da sua campanha.
– Google Ads – os seus anúncios são apresentados nas páginas de resultados dos motores de busca (SERPs), no YouTube e noutros websites parceiros. No caso das páginas de pesquisa do Google, os utilizadores estão ativamente à procura de algo, muitas vezes porque têm um problema que precisam de resolver imediatamente, como encontrar um canalizador porque a casa de banho está inundada. São leads quentes, prontos a entrar em ação.
– Meta Ads – estes anúncios são apresentados no universo das redes sociais, como nos feeds do Facebook e do Instagram, nas Stories e até no Facebook Messenger. Aqui, o seu público não está necessariamente à procura de algo em particular (provavelmente está apenas a ver vídeos de gatos!), mas se o seu anúncio chamar a atenção, é possível que lhe deem um clique. É tudo uma questão de captar a atenção no momento.
Conclusão rápida: no final de contas, tudo se resume ao local onde o seu público anda. Bem vistas as coisas, talvez não queira publicitar produtos ortopédicos para cidadãos seniores apenas nos reels do Instagram (embora continuemos a dizer que tudo merece ser testado!). Os seus potenciais clientes estão ativamente à procura de respostas ou soluções? Então o Google Ads vai ajudá-lo a fornecer essa informação estruturada quando eles mais precisam dela. Se, por outro lado, os seus pontos fortes de venda se baseiam em imagens fortes – como a apresentação de um produto deslumbrante ou a criação de desejo através de imagens – o Meta Ads permitirá que a sua criatividade brilhe. O objetivo é aproveitar os pontos fortes de cada plataforma e apresentar a sua empresa da forma que melhor se adequa ao seu público.
2. Intenção do Utilizador – navegação ativa ou passiva
Quantas vezes vai ao Google porque está aborrecido(a)? (esperamos que não muitas!) No Google, os utilizadores têm um objetivo específico em mente, quer estejam à procura de um serviço, a pesquisar um produto ou a tentar descobrir como desentupir um lavatório. Facebook e Instagram? Isso é uma história completamente diferente.
– Google Ads – pense no Google como um cliente que entra numa loja e pede ajuda – eles estão prontos para agir. Precisam de algo, pesquisam-no e, se o seu anúncio aparecer no momento certo, estão preparados para clicar e converter.
– Meta Ads – nas plataformas Meta, os utilizadores estão num modo muito mais descontraído. Não estão ativamente à procura do seu produto, estão apenas a ver as fotografias das últimas férias do primo. Mas é aqui que entra a magia dos Meta Ads. Pode apanhá-los num momento de “fraqueza” (quem nunca comprou algo por capricho?) quando veem um anúncio para aquele fantástico utensílio de cozinha que não sabiam que precisavam até agora.
Conclusão rápida: os Google Ads são melhores para converter leads que estão prontos para agir. Os Meta Ads são perfeitos para plantar uma semente na mente de um utilizador, levando-o a pensar “não estava à procura disto… mas agora quero-o”. Assim, se tudo o resto for igual, pode esperar uma taxa de conversão mais elevada com os Google Ads (público mais quente), enquanto os Meta Ads, com o seu vasto alcance, podem abrir novos segmentos de público (não estavam à sua procura, mas agora conhecem-no).
3. Orçamento – está pronto para “gastar à grande” ou quer apenas “testar as águas”?
O orçamento desempenha um papel importante na decisão da plataforma a utilizar e Google Ads e Meta Ads podem ter requisitos orçamentais muito diferentes, até para o mesmo nicho.
– Google Ads – se quiser dominar termos de pesquisa de elevado tráfego e de alto valor (como “alugar uma vivenda no Algarve em agosto” ou “melhor clínica dentária perto de mim”) terá de pagar muito dinheiro. Os custos por clique (CPC) podem ser muito elevados para palavras-chave competitivas. No entanto, para as empresas que visam nichos de mercado ou localizações mais pequenas, há espaço para flexibilidade orçamental. O seu orçamento inicial dependerá da concorrência (os Google Ads funcionam como um leilão em que os anunciantes licitam por cada pesquisa e a licitação mais elevada ganha) e do volume de pesquisa (a frequência com que as pessoas pesquisam o seu tipo de produto ou serviço durante um período de um mês). Embora não seja necessário um montante muito elevado para realizar uma campanha rentável, tenha muito cuidado, pois os Google Ads podem tornar-se dispendiosos rapidamente.
– Meta Ads – o encanto dos Meta Ads reside no facto de poder começar com pouco. Com um gasto mínimo de 1€ por dia, a Meta permite-lhe mergulhar os pés na água sem se comprometer com uma fortuna. Dito isto, não se pode esperar milagres por um euro. É ótimo para testar as águas ou se estiver a trabalhar com um orçamento pequeno, mas para causar um impacto real, provavelmente precisará de investir um pouco mais.
Conclusão rápida: em última análise, tudo se resume ao montante que está disposto a gastar e à rapidez com que pretende ver resultados. Para orçamentos mais elevados e campanhas altamente direcionadas e competitivas, os Google Ads fornecem os resultados. Para testes com orçamentos reduzidos ou campanhas de reconhecimento (awareness), os Meta Ads oferecem um ponto de partida económico.
4. Facilidade de utilização – que conhecimentos técnicos precisa de ter?
Os Google Ads e Meta Ads diferem quanto à facilidade de configuração e gestão, especialmente para principiantes.
– Google Ads – sejamos realistas: os Google Ads podem ser um pouco intimidantes para os novatos. Com a pesquisa de palavras-chave, as estratégias de licitação e o domínio das palavras-chave negativas, pode parecer que precisa de um doutoramento em marketing digital só para começar. Mas quando se apanha o jeito da coisa e se desenvolvem algumas rotinas de manutenção, torna-se muito mais fácil de gerir e deixa de parecer uma missão impossível.
– Meta Ads – os Meta Ads são geralmente mais fáceis de arrancar. A plataforma oferece uma configuração mais intuitiva, com opções mais simples, como promover uma publicação, que fazem com que a criação do seu primeiro anúncio pareça uma brincadeira de crianças, em comparação com as várias camadas de configurações do Google Ads. Mas, ainda assim, não diríamos que os Meta Ads são uma plataforma simples, especialmente se se passar de “só” promover um post para uma campanha de anúncios completa no Gestor de Anúncios. Embora o algoritmo da Meta possa fazer maravilhas para encontrar o público correto, saber como puxar os cordelinhos certos dar-lhe-á definitivamente uma vantagem. Mas é muito mais rápido e fácil começar com anúncios na Meta do que no Google.
Conclusão rápida: os anúncios do Google têm uma curva de aprendizagem mais íngreme, mas permitem realizar campanhas altamente direcionadas e eficientes assim que se domina o processo. Os Meta Ads são mais simples para começar e, por isso, são perfeitos se não quiser complicar demasiado as coisas e apenas quiser promover o conteúdo que já está a publicar.
5. Qualidade dos leads – que plataforma fornece melhores leads?
Vamos falar do que realmente importa: obter resultados.
– Google Ads – os Google Ads tendem a trazer leads de alta qualidade, especialmente para B2B e produtos caros que exigem ponderação, como serviços de software ou equipamento topo de gama. As pessoas que utilizam o Google estão frequentemente em modo de pesquisa ou prontas para comprar, o que significa que é provável que se convertam em clientes pagantes.
– Meta Ads – embora os Meta Ads possam gerar grandes volumes de tráfego, a qualidade dos leads pode não ser tão elevada. Isto é especialmente verdade para os setores que requerem uma tomada de decisões mais ponderada (sejamos honestos, mais uma vez: ninguém está à espera de tomar grandes decisões enquanto passeia pelas redes sociais, é suposto ser relaxante!). A Meta é fantástica para compras por impulso, produtos visuais ou artigos de baixo custo, mas se estiver a vender um serviço caro, poderá não ver o mesmo nível de conversões que veria com o Google.
Conclusão rápida: os anúncios do Google fornecem leads de maior qualidade para empresas que oferecem produtos ou serviços mais caros. Os Meta Ads funcionam melhor para produtos menos dispendiosos e/ou visualmente apelativos.
6. Velocidade dos resultados – com que rapidez precisa de ver alguma ação?
Tempo é dinheiro e a rapidez com que vê os resultados pode ser decisiva para a sua campanha.
– Google Ads – as campanhas de Google Ads demoram um pouco mais de tempo a arrancar. Assim que tiver definido a sua estratégia de palavras-chave e o algoritmo do Google tiver reunido dados suficientes para aprender efetivamente, verá frequentemente um desempenho consistente e a longo prazo. É um pouco como uma relação madura: estável, fiável e construída para durar.
– Meta Ads – os Meta Ads, por outro lado, funcionam rapidamente. São ótimos para promoções de curto prazo ou vendas rápidas. O algoritmo da plataforma permite que os seus anúncios sejam apresentados num instante, o que a torna ideal para empresas que precisam de uma resposta célere.
Conclusão rápida: se procura resultados consistentes e a longo prazo, os Google Ads são a sua melhor aposta. Para ações rápidas, como promoções sazonais, os Meta Ads fazem o trabalho mais rapidamente.
Considerações finais: porque não utilizar ambos?
No fim de contas, tanto os Google Ads como os Meta Ads têm os seus pontos fortes. A melhor estratégia é frequentemente uma combinação de ambas as plataformas, tirando partido das suas vantagens únicas. Utilize os Google Ads para campanhas a longo prazo que visem utilizadores de intenção elevada e prontos a agir. Entretanto, os Meta Ads podem captar atenção e direcionar o tráfego com promoções visualmente apelativas e de curto prazo.
Testar e ajustar as suas campanhas em ambas as plataformas vai ajudá-lo a encontrar o melhor equilíbrio. Acompanhe os resultados, calcule o seu custo por lead e ajuste o seu orçamento para obter o melhor retorno sobre o investimento possível.
No cômputo final, não existe uma solução universal, mas com uma combinação inteligente de Google e Meta é provável que atinja o ponto certo.
E se alguma vez se sentir preso na encruzilhada das decisões de marketing digital, não hesite: contacte-nos para uma sessão de consultoria e nós ajudamo-lo a perceber e a resolver tudo!