A COVID-19 ensinou-nos a parar, e a dar valor àquilo que realmente interessa, nem que seja só por um momento. E, de repente, a parafrenia de “o mundo não para”, tomou outro sentido. Sim, o mundo não parou, mas nós aprendemos que podemos parar – parar o nosso mundo e o das pessoas em nosso redor. E claro, esta paragem leva-nos forçosamente à reflexão sobre o que é realmente importante para cada um de nós e para os nossos negócios e comércio local, fazendo-nos repensar a essência das coisas. A paragem, o recalcular e o ajuste, são necessários à evolução.
Por isso, neste Natal, fazemos um apelo, principalmente aos mais afetados, aos proprietários de negócios locais: por favor não fiquem à espera que o próximo ano seja melhor. Tentem aproveitar este ao máximo e continuem a vender nesta época natalícia, de forma mais conveniente e mais segura!
Quantas vezes lhe perguntaram nos últimos tempos se tem a opção de comprar online e ir buscar depois? Deixou de contar, não foi? A pesquisa de termos relacionados com “entrega ao cliente” disparou em Março deste ano e há coisas que vêm para ficar.
Alguns dos novos conceitos de compra, já eram até praticados com alguns clientes, então façam deles um serviço organizado e publicitem-no na vossa comunidade local. Usem as ferramentas que têm ao vosso dispor: façam uma publicação nas vossas redes sociais (se possível promovam-na para chegar a mais pessoas, mas se não for possível o post orgânico, só por si, já faz diferença). Ou crie uma Loja do Facebook (Facebook Shop). Se fazem Google Ads, adicionem essa informação aos vossos anúncios. Se comunicam por e-mail marketing criem uma newsletter específica só com esta informação e enviem-na à vossa mailing list. Se for necessário, façam até cartazes escritos à mão e colem-nos nas montras das lojas, mas façam-no!
É que, apesar do apelo que se faz ouvir de ajuda ao comércio local, se não se souber que aquela mercearia, para segurança de todos e nossa conveniência, aceita encomendas via Facebook e tem um ponto de levantamento das compras junto à estrada (ou à entrada do espaço), como vamos escolhê-la em detrimento de uma grande superfície?!
E se receber encomendas online lhe parece uma opção que leva muito tempo a montar e que precisa de muitos recursos, desengane-se, pois não estamos a falar de criar uma loja online, com todos os produtos e preços, check-out direto e pagamento seguro. Porque não, por exemplo, usar as suas redes sociais? Pode tirar fotos aos seus produtos, fazer publicações com estas fotos, descrevendo-os e dando os seus preços, e receber encomendas através de mensagens privadas (Facebook Messenger, Instagram Direct, etc.). E quanto ao pagamento, nada mais simples, pelo menos desde que apareceu, por exemplo, o MBWay.
Sabe quantas vezes o consumidor já sentiu que queria ajudar o comércio local? Que até comprava ali se houvesse uma oferta mais adequada, nomeadamente no que diz respeito à opção de compra tradicional, com a possibilidade de encomenda e recolha rápida no interior ou exterior do estabelecimento, ou até no seu próprio carro? Seria ótimo, não seria? Realmente surgiram novas formas de comprar e obter o produto, por isso, selecione a que melhor funciona para si. Não precisa de ter todas, mas precisa de ter soluções de compra convenientes e seguras.
Adote-as mesmo, e não só para o caso de “ai mãezinha, se esta vacina não funciona, isto ainda fecha tudo outra vez”, mas sim como “vou dar um novo canal de vendas ao meu negócio, que no futuro poderá vir a ser o principal”.
Boas vendas, e boas compras, no comércio local!
