Quem disse que as redes sociais eram gratuitas?

26/05/2021

Quando pensamos em Facebook, Instagram, LinkedIn, Twitter, ou em qualquer outra das restantes redes sociais, enquanto indivíduos, pensamos em fotos, vídeos, notícias, amigos, etc.. Mas enquanto empresários, donos de pequenos negócios, a primeira coisa que nos vem à cabeça é: público.

Sim, aquele público que tem “lá dentro” os nossos atuais fregueses, mas sobretudo, um nunca mais acabar de potenciais clientes que podemos trazer até nós. Até já vejo os seus olhinhos a arregalarem com os cifrões (ou os euros, se já não se lembrar da moeda antiga!) que vê passar diante deles.

 

E não está errado: qualquer uma daquelas plataformas é uma ferramenta de marketing poderosíssima.

 

E pode efetivamente fazer uma pipa de massa usando as redes sociais para promover o seu negócio, os seus produtos e os seus serviços. Mas atenção, para o fazer vai mesmo ter que gastar algum dinheiro ali. É que quem lhe disse que as redes sociais eram gratuitas, enganou-o (entra a desilusão – grita o ponto!).

 

Vamos olhar melhor para esse tal público naquelas que são as duas redes sociais mais usadas em Portugal: o Facebook e o Instagram. E não, não me enganei na ordem em que as coloquei! De acordo com um estudo mundial realizado no início deste ano pelo instituto de pesquisa GWI (Global Web Index), o Facebook continua a ser a rede social mais usada em todo o mundo, com cerca de 2,8 mil milhões de utilizadores ativos mensais, apresentando-se o Instagram em 5.º lugar, com aproximadamente 1,2 mil milhões de utilizadores mensais (e Portugal acompanha esta tendência).

 

É claro que a si e ao seu negócio não lhe interessam todos aqueles milhares de milhões de pessoas. Mas se lhe disser que na Europa, e em média, a taxa de penetração das redes sociais (i.e., a percentagem de pessoas que usa redes sociais num determinado território) é de aproximadamente 75% e em Portugal de 65%, é fácil perceber porque é que (e particularmente depois do início desta pandemia que estamos a viver) “não há cão nem gato” que não tenha uma página, pelo menos, nestas duas plataformas. E fazem muito bem. É um “pote” onde faz todo o sentido “meter a mão”!

 

Mas agora pergunto-lhe: e o que faz nas suas redes sociais para chegar a essa massa de gente? Publica regularmente? Cria conteúdo sobre aquilo que vende ou faz? E (a pergunta milionária) isso é suficiente? Se calhar vai-me responder que já viu todas as estatísticas e artigos que dizem quantas vezes ali deve fazer publicações (de acordo com a maior parte dos estudos: uma a duas vezes por dia, com um mínimo de três posts por semana, sendo que no Instagram a consistência é mais importante do que a frequência) e quais as melhores horas para o fazer (aqui não há um consenso global sobre o assunto até porque as (cada vez mais populares) Stories do Instagram “baralham as contas”).

Sim senhor, muito bem, é alguém que acompanha as tendências e se mantém informado(a). Ótimo! Mas volto a perguntar: e chega só criar e publicar organicamente conteúdo nas suas páginas ou perfis? E dada a minha insistência começa a pensar que, se calhar, esta minha pergunta traz água no bico! E traz mesmo. É que se me responder que sim, porque temos os tais milhares de milhões de pessoas que atingimos quando “espirramos” nestas plataformas e que até tem um n.º de Likes e seguidores muito jeitosinho, prepare-se para fazer entrar a desilusão (mais uma vez!). Se calhar não sabe mas, segundo o gigante HootSuite, o alcance orgânico (não pago) de uma publicação no Facebook é de 5,2% (e com tendência a continuar a diminuir) e a taxa de interação orgânica média no Instagram é de 0,96%.

Fazendo umas contas simples, e usando números redondos para facilitar, vamos imaginar que tem 500 seguidores em cada uma destas redes. Isso quer dizer que cada um dos seus posts vai ser visto por 26 dessas pessoas no Facebook e que apenas 4,8 pessoas vão interagir com ele no Instagram. Assustadora esta perspetiva, certo?

 

Mas calma, não precisa de começar a hiperventilar. É que o que estamos a falar aqui é de conteúdo orgânico, gratuito. E lá está, como lhe disse no início, as redes sociais, gratuitas, não são.

 

Não são os seus posts no Facebook e Instagram que lhe vão trazer leads (poderão trazer alguns, de vez em quando, mas não o suficiente para quem quer uma fonte consistente de negócio no segmento online e, vamos e convenhamos, todos queremos isso). A dura realidade é que os Likes e seguidores de cada página não se traduzem em vendas, per se.

No entanto, no início afirmei perentoriamente que as redes sociais são uma ferramenta poderosíssima em termos de marketing digital sobretudo para os pequenos negócios… estarei a ficar xexé? Não. O que tem que entender é que estas duas premissas não são mutuamente exclusivas. Pode e deve utilizar todo o poder destas plataformas em termos de promoção do seu negócio e venda dos seus produtos ou serviços, mas não espere fazê-lo à borla, isto é, prepare-se para pagar por isso.

 

Está na hora de adicionar à sua estratégia de marketing nas redes sociais uma nova camada – a publicidade paga (campanhas e promoções de publicação). Tenha em conta que só vai gastar dinheiro (prefiro o termo investir, para dizer a verdade) em quem realmente lhe interessa. É que as opções de segmentação que o Facebook (e por inerência o Instagram) oferece aos seus anunciantes são profundamente avançadas: pode limitar em termos de território e/ou faixa etária, género, idioma, profissão e um infindável número de interesses que lhe vão permitir que encontre as suas agulhas (leia-se clientes) naquele palheiro de milhares de milhões de utilizadores. Não estamos a falar de “mais ou menos” ou de “nos arrabaldes de” – o corte do público-alvo ali é cirúrgico (desde que saiba como o fazer, mas isso já é outra conversa).

 

E em termos de objetivos, também é só escolher! Pode promover o seu último post com aquele produto, com cujo stock quer acabar, para chegar a todos os seus seguidores ou àqueles que ainda não o conhecem. Pode criar uma campanha para levar utilizadores do Facebook/Instagram para o seu website. Pode preparar anúncios para interagir e vender diretamente dentro destas plataformas. Pode até fazer publicidade com conteúdo completamente distinto daquele que publica no feed da sua págfina/perfil. E como Facebook e Instagram funcionam conjuntamente em termos de publicidade, este público vai vê-lo no feed e/ou nas Stories do seu Facebook ou Instagram, no Messenger, no Marketplace, etc, etc., etc..

 

Mas então, vale a pena sequer perder todo aquele tempo a criar e publicar conteúdo orgânico naquelas plataformas? Sim, vale. Adiciona credibilidade, confiança e faz aumentar a sua brand awareness ou consciência de marca (ainda que também possa fazer campanhas publicitárias ali com este objetivo!). Tem é que ser complementada com publicidade, para se traduzir em leads e em vendas.

 

Quando começar? Ontem. Ontem é um bom dia para arrancar com isso. E despache-se, olhe que já vai atrasado(a)!

Três raparigas que adoram trabalhar juntas na área do marketing digital e que também escrevem umas coisas! Se o que leu faz sentido para si, e se a sua empresa precisa de estratégias reais de marketing digital para alcançar e manter uma posição de sucesso online, fale connosco!